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Senador norte americano defende operaçãoes militares secretas do Paquistão

Agência France-Presse
postado em 17/05/2011 15:47
Washington - O Paquistão aumenta seus esforços para combater os extremistas e contribuir com a estabilização do Afeganistão, mas algumas de suas ações devem ser mantidas em segredo, afirmou nesta terça-feira o senador americano John Kerry, que retorna de uma viagem à Islamabad.

"Alguns (desses esforços) consistem em coisas muito importantes para nós estrategicamente, mas não devem ser mencionados publicamente", declarou o democrata, que preside a comissão de Relações Exteriores do Senado.

"Mas são ações concretas, precisas, mesuráveis e, em boa parte, conjuntas, e saberemos rapidamente de maneira precisa o que acontece", disse Kerry. "Estou certo de que muitas dessas ações (realizadas pelo Paquistão) terão um impacto importante sobre o que fazemos", acrescentou, sem indicar a natureza da cooperação que foi discutida com os dirigentes paquistaneses durante sua visita ao país.

Kerry acrescentou que negociações entre americanos e paquistaneses, "que começarão em breve", abordarão "temas mais amplos", e afirmou que, "se elas forem bem sucedidas", a secretária de Estado Hillary Clinton decidirá "se visita o Paquistão e quando".

O senador, bastante citado para suceder Hillary no posto de secretária de Estado, acrescentou que não teve "indicação alguma" durante sua viagem a Islamabad que o levasse a crer que autoridades paquistanesas contribuíram para proteger Bin Laden.

"Eles reconheceram que algumas coisas não ocorreram da maneira correta, que erros foram cometidos, e vão tentar corrigi-los. Estou certo de que querem descobrir o que aconteceu porque querem encontrar os responsáveis", disse.

As relações entre americanos e paquistaneses se degradaram após a eliminação de Osama bin Laden no dia 2 de maio por um comando de elite americano na casa onde o líder da Al-Qaeda vivia com sua família perto da capital paquistanesa, o que suscitou interrogações sobre o nível de conhecimento das autoridades paquistanesas sobre a presença do terrorista no país.

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