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Jornalista da Al Jazeera denuncia tortura em prisão na Síria

postado em 19/05/2011 09:02
Doha - A jornalista da rede de televisão Al Jazeera Dorothy Parvez contou nesta quinta-feira ter sido testemunha de torturas inflingidas aos prisioneiros de uma penitenciária síria, onde ela passou três dias detida antes de ser enviada ao Irã, onde também foi presa.

"Estive em um centro de detenção na Síria durante três dias e duas noites, e ouvi ruídos de torturas brutais", disse a jornalista, que tem nacionalidade americana, canadense e iraniana, ao serviço em inglês do canal.

"A qualquer hora do dia ou da noite ouvia-se o barulho de golpes, gritos e choro (...). Parecia interminável, e um dado momento você só quer tapar os ouvidos", relatou a jovem repórter.

"Ninguém usava uniforme, ninguém tinha nome, ninguém tinha responsabilidades (...), muitos homens reagiam como bandidos", acrescentou.

Parvez desapareceu na Síria, onde tentou "entrar ilegalmente" no dia 29 de abril com um passaporte iraniano vencido, segundo o regime sírio.

Na semana passada, a embaixada da Síria em Washington informou que a jornalista havia sido "extraditada" no dia 1; de maio da Síria para o Irã, onde também foi detida para "verificação" de seu passaporte.

Na quarta-feira, a Al Jazeera anunciou a libertação de Dorothy Parvez no Irã.

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