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Líder norte-coreano Kim Jong-II prossegue visita à China

Agência France-Presse
postado em 21/05/2011 10:01
SEUL - O líder norte-coreano Kim Jong-II chegou à cidade chinesa de Changchun no segundo dia de uma visita à China, provavelmente destinada a obter ajuda econômica para seu país em dificuldades, anunciou neste sábado a rede de televisão sul-coreana YTN.

Segundo a televisão, o trem especial de Kim Jong-II abandonou na sexta-feira a cidade de Mudanjiang (nordeste), onde se hospedou em um hotel, e foi visto na estação de Changchun, centro econômico e capital da província de Jilin.

Em sua última visita, em agosto de 2010, Kim se reuniu em Changchun com o presidente chinês, Hu Jintao, que o exortou a reformar a economia de seu país, submetida ao Estado, e a se inspirar nas reformas chinesas.

Na estação de Changchun foram adotadas importantes medidas de segurança e era observada uma grande presença policial nas ruas que levam desde a estação a um hotel de luxo na cidade, onde Kim Jong-II já havia se hospedado em sua visita anterior, segundo a televisão YTN.

De acordo com a imprensa sul-coreana, o líder da Coreia do Norte chegou na sexta-feira à China.

Os meios de comunicação sul-coreanos também informaram sobre a visita do filho mais jovem do do líder sul-coreano, Kim Jong-Un, a esta cidade chinesa fronteiriça (nordeste), onde teria chegado em um trem especial.

No entanto, "não há certeza de que Kim Jong-Un tenha acompanhado seu pai", indicou uma autoridade sul-coreana citada por Yonhap.

Segundo outra fonte, o nome de Kim Jong-Un não figura na lista oficial das 70 pessoas que acompanham o líder norte-coreano.

Esta é a terceira viagem, em pouco mais de um ano, do líder da Coreia do Norte ao seu principal aliado e fornecedor de ajuda econômica.

Nem Seul, nem o ministério chinês das relações Exteriores comentaram a visita.

O regime de Pyongyang, única dinastia comunista no mundo, resiste em realizar reformas por medo de que o controle ferrenho que tem sobre o povo seja quebrado, apesar da dificuldade econômica que o país atravessa.

Para Kim Yong-Hyun, pesquisador da Universidade Dongguk de Seúl, esta visita reflete a vontade de Kim de reforçar os laços econômicos com Pequim.

A influência econômica chinesa na Coreia do Norte aumentou quando a Coreia do Sul e os países ocidentais suspenderam sua ajuda diante da ameaça nuclear norte-coreana e da rejeição de Pyongyang de falar sobre desnuclearização.

As trocas comerciais entre Coreia do Norte e China aumentaram 32% no ano passado para alcançar os 2,4 bilhões de euros.

"Esta visita na China, principal apoio da Coreia do Norte, contribuirá para estabilizar o norte e assegurar o processo de sucessão entre o pai e o filho", estimou, por sua vez, Yang Moo-Jin, professor da Universidade de estudos norte-coreanos em Seúl.

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