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Strauss-Kahn se transforma em atração turística em Nova York

Agência France-Presse
postado em 21/05/2011 20:56
O ex-diretor geral do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, que caiu em desgraça depois de ser indiciado por crimes sexuais, tornou-se uma atração turística ao iniciar neste sábado sua prisão domiciliar no Empire State.

"A sua direita está o prédio onde está aquele cara francês acusado de tentativa de estupro", disse pelo microfone um guia de turismo em um ônibus de dois andares.

Strauss-Kahn foi solto na noite de sexta-feira da prisão de Rikers Island depois pagar um milhão de dólares de fiança e fazer um depósito de garantia no valor de cinco milhões para ser colocado em prisão domiciliar no edifício número 71 da Broadway.

Um outro ônibus de turistas passa diante do prédio e alguns asiáticos fazem sinais com a mão na direção do local depois de saberem quem está morando lá.

As empresas de turismo "receberam a informação com muita rapidez", constata Catherine McVay, vice-presidente do conselho local.

Dominique Strauss-Kahn chegou na sexta-feira à noite no número 71 da Broadway, no sul de Manhattan, onde permanecerá por "alguns dias", segundo o juiz Michael Obus.

Strauss-Kahn, de 62 anos, é acusado de agressão sexual e de tentativa de estupro contra uma camareira do hotel Sofitel de Manhattan. O incidente supostamente ocorreu há uma semana.

Apenas um cinegrafista afirma que estava presente diante do prédio da Broadway no momento da chegada do carro que levava Strauss-Kahn.

Mas um guarda empurrou sua câmera, impedindo o homem de filmar a chegada do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional.

O prédio em estilo neoclássico construído em 1898 foi o edifício mais alto de Nova York durante alguns anos e voltou a atrair as atenções.

Um policial e um oficial à paisana permanecem todo o tempo postados diante do prédio e são fotografados por curiosos, enquanto equipes da televisão ficam do outro lado da rua atentas a qualquer movimento.

Turistas que visitam a área de Wall Street e do Marco Zero passam depois diante do Empire Building, onde está Strauss-Kahn. "Ah, é o francês" é quase um refrão para os turistas que perguntam aos jornalistas sobre o motivo de sua presença.

Mas a novidade não deixou todos felizes. Os moradores se opõem à presença da "celebridade" em seu bairro. "DSK, aqui não", pedia um cartaz exibido por um homem pouco depois da chegada do ex-ministro socialista na sexta-feira à noite.

"Há muitos famosos aqui, não estamos sobressaltados", com a presença de Strauss-Kahn, modera McVay. "É que não estamos acostumados com a presença de várias equipes de televisão", completou.

Dominique Strauss-Kahn não será a atração por muito tempo. Ele será transferido de apartamento durante a realização dos procedimentos legais.

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