Agência France-Presse
postado em 27/05/2011 16:51
Trípoli - O regime líbio informou nesta sexta-feira (27/5) que "não está preocupado" com as decisões do G8, para o qual o ditador Muamar Kadhafi "deve partir", e afirmou que toda iniciativa sobre a crise na Líbia deve passar pela União Africana."O G8 é uma cúpula econômica. Não estamos preocupados com suas decisões", disse o vice-chanceler líbio, Khaled Kaaim, depois que a Rússia se uniu aos apelos da Otan pedindo a saída de Kadhafi.
Trípoli também rejeitou a mediação russa e "não aceitará qualquer mediação que marginalize o plano de paz da União Africana", afirmou. "Somos um país africano. Qualquer iniciativa fora do marco da UA será rejeitada", reforçou.
Kaaim disse não ter confirmação de uma mudança na posição da Rússia.
"Nós não fomos informados oficialmente. Estamos no processo de contatar o governo russo para revificar as informações da imprensa", disse o alto funcionário durante entrevista coletiva.
Ao final da cúpula de dois dias, os líderes de Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e Estados Unidos afirmaram que Kafhafi e seu governo "perderam toda a legitimidade" e devem partir.
"Kadhafi e o governo líbio fracassaram em cumprir a responsabilidade de proteger a população líbia e perderam toda a legitimidade. Ele não tem futuro em uma Líbia livre e democrática. Deve partir", destacaram no comunicado final da cúpula.
Por sua vez, líderes africanos reunidos em Addis Abeba, na quinta-feira, pediram o fim dos ataques aéreos da Otan contra a Líbia com vistas a abrir caminho para uma solução política do conflito.