Agência France-Presse
postado em 30/05/2011 19:07
Berlim - A energia nuclear, que desaparecerá da Alemanha em 2022, representa pouco menos de um quarto da produção da primeira economia europeia, na qual o carvão ocupa um lugar proeminente e as energias renováveis adquirem uma importância crescente.
- NUCLEAR:
Os 17 reatores teoricamente ainda em atividade representam 22% da produção de eletricidade bruta na Alemanha, que é de cerca de 620 terrawatt-horas (TWh), segundo as últimas cifras disponíveis. Oito deles, que geraram apenas 6,8% do total, estão atualmente parados e não serão reativados.
- CARVÃO:
As centrais de carvão asseguram 43% da produção bruta (24% linhito, 19% hulha). Os produtores alemães melhoram esta tecnologia para reduzir as emissões de dióxido de carbono. Prevêem as construções de novas centrais nos próximos anos, mas o recurso ao carvão complicará as ambições da Alemanha de cumprir suas metas de redução dos gases de efeito estufa.
Prova de que o governo continua apostando no carvão foi a recente adoção de um projeto de lei sobre o armazenamento de carvão.
- ENERGIAS RENOVÁVEIS:
A Alemanha subvenciona as energias renováveis, que representam agora 18% da produção elétrica. Domina a eólica (6%), seguida pela biomassa (4,6%) e a água (4,2%). O país aposta agora muito na energia eólica offshore.
- GÁS NATURAL
Sua cota na produção é de 14%. A Alemanha produz pouco gás natural e portanto deve importá-lo. Rússia é seu principal fornecedor (aporta um terço do gás consumido). Isso põe a Alemanha à mercê de importantes flutuações de preços, mas também dos conflitos geopolíticos que perturbam as entregas.