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Turcos recordam ataque israelense à frota humanitária

Agência France-Presse
postado em 30/05/2011 19:39
ISTAMBUL - Milhares de pessoas lembraram na noite desta segunda-feira, em Istambul, a morte de nove turcos no ataque de comandos israelenses ao "Mavi Marmara", um dos navios da frota de ajuda humanitária que tentava chegar à Faixa de Gaza, em maio de 2010.

Ao menos dez mil pessoas percorreram a avenida Istiklal, principal artéria comercial de Istambul, aos gritos de "Maldito seja Israel" e "Israel, assassino", agitando bandeiras palestinas, constatou a AFP no local. "Espera, Palestina, o ;Mavi Marmara; chegará", "De Istambul a Gaza, resistência", diziam cartazes em turco, inglês e hebraico, enquanto uma grande bandeira mostrava os rostos dos nove "mártires" turcos.

Os organizadores da flotilha de ajuda humanitária internacional reiteraram sua determinação de romper, antes do fim de junho, o bloqueio israelense a Gaza, apesar da reabertura da fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza. "Nós saudamos calorosamente a decisão do governo egípcio de operar de maneira regular o terminal de Rafah entre Egito e a Faixa de Gaza, mas o bloqueio ilegal de Israel continua em vigor", declarou numa coletiva de imprensa Vangelis Pisias, coordenador da flotilha.

"Israel impede, no entanto, que os palestinos utilizem o mar, controlando e restringindo a entrada e saída dos bens em Gaza. Por isso, devemos seguir desafiando o bloqueio", disse o ativista grego.

Quinze barcos de diferentes portos do Mediterrâneo devem zarpar "em 20 dias", próximo ao dia 20 de junho, rumo a Gaza, afirmou Pisias, que falou a bordo do "Mavi Marmara", navio que fez parte da primeira flotilha em direção a Gaza, atacado no dia 31 de maio de 2010 por comandos israelenses.

Os barcos da segunda flotilha, provenientes do Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Irlanda, Itália e Turquia, estão em águas internacionais ao sul do Chipre, afirmou Huseyin Oruç, da organização de caridade turca islamita IHH, sócia da flotilha.

Além disso, 1.500 militantes de uma centena de países transportarão produtos humanitários, materiais de construção - entre eles de 600 a 700 toneladas de cimento -, material escolar, equipamentos médicos, medicamentos e brinquedos, acrescentou Oruç.

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