Agência France-Presse
postado em 02/06/2011 15:50
WASHINGTON - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou nesta quinta-feira o assassinato de um sétimo membro de uma família que sofreu hostilidades desde 2004 na Venezuela sem que o governo tenha tomado medidas a esse respeito. "A família Barrios está sendo exterminada frente à inação do Estado, que ignorou os chamados, decisões, recomendações e ordens" da CIDH e da Corte Interamericana, afirmou um comunicado.Juan José Barrios, de 28 anos de idade, foi assassinado em 28 de maio passado por duas pessoas que dispararam contra ele em várias ocasiões, segundo a informação da CIDH. Juan José, assim como vários membros da família, contava com medidas cautelares ditadas pela Comissão.
O governo venezuelano "não adotou as medidas necessárias para proteger a vida dos membros dessa família, que continuam sendo vítima de assassinatos, detenções, invasões de domicílio, ameaças e fustigamento", afirmou a CIDH.
Os abusos começaram depois que a família denunciou em 2004 o assassinato de Narciso Barrios, supostamente pelas mãos da polícia de Aragua. Nesse mesmo ano, outros dois membros da família foram assassinados. O quarto membro da família foi assassinado em 2005, o quinto em 2009 e o sexto em 2010.
Em janeiro passado, Néstor Caudi Barrios, testemunha da execução extrajudicial de Narciso Barrios, sobreviveu a um atentado.