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Kirchner assina convênio 'histórico' entre a Argentina e a Bienal de Veneza

VENEZA - A presidente Cristina Kirchner assinou nesta sexta-feira, em Veneza, um acordo considerado "histórico" entre seu país e a Bienal de Arte, pelo qual a Argentina passará a contar com um pavilhão permanente na prestigiada mostra internacional. "Foi um ato histórico. Há tempos, a Argentina desejava uma presença permanente e será, agora, num edifício do século XVI", anunciou o presidente da Bienal, Paolo Baratta.

Durante a cerimônia, foram entregues a Kirchner "as chaves" do futuro pavilhão, um prédio de 1570 que passará por obras de reforma. Na ocasião, foi inaugurada na sede da Bienal a exposição "Memória e liberdade na arte argentina do século XX", com obras de alguns dos artistas que expuseram em Veneza ao longo do século passado.

O pavilhão terá um espaço de mais de 500 metros quadrados, na chamada Sala delle Armi, e foi concedido pela Bienal para um período de 22 anos.

O custo da reforma foi calculado em 1.500.000 de euros (2.200.000 dólares), aportados pela Argentina. "O fato de a Argentina ter um pavilhão permanente me enche de orgulho e acho que todos os nossos artistas merecem isso", afirmou Kichner.

A presidente conclui nesta sexta-feira, na Itália, a viagem que começou domingo, no México. "Criar", "comover", foram as palavras usadas por Kirchner para elogiar o trabalho dos artistas, em particular do veterano León Ferrari, considerado um dos cinco artistas plásticos vivos mais provocadores e importantes do mundo, quem recebeu, em 2007, o Leão de Ouro de melhor artista da Bienal.