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Sauditas confirmam que presidente do Iêmen se recupera de cirurgia

postado em 06/06/2011 13:17
Brasília - Autoridades sauditas confirmaram nesta segunda-feira (6/6) que o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, recupera-se de uma cirurgia para remover estilhaços do peito. Saleh foi levado anteontem (4) de emergência para Arábia Saudita após ter sido ferido em um ataque contra o complexo presidencial, na cidade de Sanaa.

Milhares de pessoas no Iêmen tomaram as ruas das principais cidades do país para comemorar a partida de Saleh, que está há 33 anos no poder, depois de semanas de protestos contra o seu governo. Ainda não há informações se o presidente pretende retornar ao Iêmen.

Há relatos, não confirmados oficialmente, de que ele deve permanecer na Arábia Saudita por duas semanas. Na primeira semana, o presidente deve se recuperar da cirurgia e, na segunda, manterá reuniões com políticos. Mas não há dados sobre quais são os planos dele para depois de vencida a última etapa.

;;Saleh goza de boa saúde, e ele pode vir a entregar o cargo algum dia, mas isso precisa ocorrer de forma constitucional;;, afirmou o vice-ministro da Informação do Iêmen, Abdu Al Janadi. De acordo com as autoridades sauditas, o líder do Iêmen foi submetido a duas operações bem-sucedidas ontem (5) - uma cirurgia no peito e a outra, no pescoço.

O vice-presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, assumiu a Presidência na ausência de Saleh. A agência de notícias estatal Saba relatou que Hadi se encontrou com o embaixador dos Estados Unidos no Iêmen, Gerald Michael Feierstein, e que os dois discutiram ;;a importância da cooperação;; com o bloco de oposição imenita conhecido como Fórum Comum.

Mas Hadi tem, na prática, pouco poder, já que os filhos de Saleh estão no comando de postos-chave das forças de segurança.

O atentado contra Saleh, ocorrido na última sexta-feira (3), ocorreu após dias de enfrentamentos de rua entre forças do governo e ativistas leais a Sadiq Al Ahmar, que comanda a poderosa federação tribal Hashid. Os combates já mataram mais de 160 pessoas e deixaram o país à beira da guerra civil.

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