Agência France-Presse
postado em 07/06/2011 21:30
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, destacaram o bom momento de suas relações nesta terça-feira, minimizando as divergências sobre a intervenção militar na Líbia, durante um encontro na Casa Branca.O clima foi informal e os dois líderes até brincaram sobre as diferenças com seus predecessores: ela a primeira mulher na chancelaria alemã e ele o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Alemanha, no coração da Europa, é um dos nossos aliados mais fortes e a chanceler Merkel é uma parceira muito próxima", disse Obama.
Merkel foi recebida na Casa Branca por Obama e sua mulher, Michelle, e após a tradicional salva de canhões e a execução dos hinos nacionais, os dois líderes se reuniram no Salão Oval para debater uma agenda dominada pela crise da zona euro e a situação na Líbia.
As relações bilaterais foram abaladas em março passado, quando Berlim se absteve na votação do Conselho de Segurança que determinou a intervenção militar internacional na Líbia.
Obama não se pronunciou sobre esta questão na entrevista coletiva, mas destacou que a contribuição alemã às forças da Otan no Afeganistão permitiu liberar mais recursos para a campanha contra o líder líbio, Muammar Kadhafi. "A chanceler e eu concordamos claramente. Kadhafi deve deixar o poder e entregá-lo aos líbios. A pressão aumentará até que faça isto", afirmou Obama.
Merkel destacou que "nossa colaboração e nossa amizade repousam sobre uma base muito ampla. As vezes ocorrem divergências de opinião (...) mas o importante é desejarmos o sucesso do outro".
Obama também citou a crise da dívida grega, ao estimar que a União Europeia será capaz de superá-la, e reafirmou a solidariedade dos Estados Unidos diante deste tema "difícil".