Agência France-Presse
postado em 09/06/2011 19:47
LOS ANGELES - Bombeiros do estado do Arizona, centro dos Estados Unidos, recorreram a um imenso avião para ajudar a combater com água os incêndios que ameaçam duas cidades próximas à fronteira com o Novo México, assegurou um porta-voz.Em torno de 6 mil pessoas que se encontram na trajetória do fogo receberam a ordem de se retirar. O incêndio já consumiu 140.000 hectares, de acordo com as últimas estimativas, menores que as anteriores.
A força menor dos ventos alimentava as esperanças de que o incêndio, o segundo maior da história do Arizona, pudesse ser controlado. No entanto, no momento, mantém-se fora de controle. O fogo "não foi controlado, mas cada homem aqui está envolvido no esforço (...)", disse o porta-voz do centro de comando, John Helmich, à AFP.
Os moradores das cidades de Eagar e Springerville receberam ordem de retirada na quarta-feira, apontou. "O fogo aproxima-se de lá, mas estão usando recursos significativos para evitar que chegue até as cidades", completou. "Até este momento, o esforço teve êxito", declarou. Em torno de 3 mil pessoas trabalham nos serviços de emergência, e cerca de 200 carros de bombeiros tentam conter o fogo, enquanto 16 helicópteros jogavam substâncias para diminuir as chamas.
Na quinta-feira, uniu-se aos esforços um avião DC-10 que pode jogar em torno de 49.000 litros de água ou produtos para controlar as chamas, quatro vezes mais que o levado por helicópteros.
O fogo tomava conta da fronteira do Arizona, mas no caso de invadir a fronteira com o Novo México, terão de pedir recursos ao estado vizinho, avisou o porta-voz.
Apesar de os residentes das cidades de Eager e Springville terem recebido uma forte recomendação de se retirar, a ordem não foi obrigatória e alguns moradores recusaram-se a abandonar o local. "As pessoas têm esse direito", afirmou Helmish, mas completou que "nós nunca recomendamos que fiquem".
A governadora do Arizona, Jan Brewer, assinou na segunda-feira uma declaração de estado de emergência devido aos incêndios, recorrendo a fundos de 200.000 dólares para casos de emergência.