postado em 10/06/2011 08:36
Brasília ; A 20 dias da escolha do novo comando do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Justiça da França deve decidir nesta sexta-feira (10/6) se a ministra das Finanças e candidata à direção-geral do FMI, Christine Lagarde, deve ser processada judicialmente. Lagarde é acusada de abuso de poder em um escândalo financeiro que envolve o governo francês e o empresário Bernard Tapie. Para Lagarde, a eventual abertura de processo é considerada ;normal;.Candidata à sucessão de Dominique Strauss-Kahn no comando do FMI, Lagarde negou que uma eventual abertura de processo atrapalhe sua candidatura. ;O que pode acontecer é que a comissão encarregada de analisar esse tipo de processos considere demasiado complexo pedir uma investigação adicional. Isso faz parte do processo e não me preocupa nada;, disse Lagarde.
O processo está na comissão de requerimentos do Tribunal de Justiça da República (TJR). A instituição é a autorizada a julgar na França um ministro por atos cometidos no exercício de funções públicas. Porém, a decisão pode demorar a ser anunciada ; até quatro semanas, segundo autoridades.
Lagarde recorreu a um tribunal arbitral, denominado na França de Justiça privada, e não à corte tradicional para resolver a questão. Em 2008, o tribunal ao qual ela recorreu determinou ao governo da França o pagamento de 200 milhões de euros ao empresário. Na ocasião, a interpretação foi que Lagarde cometeu ;abuso de autoridade; ao administrar o assunto.
Paralelamente, um outro candidato à sucessão de Strauss-Kahn, o presidente do Banco Central do México, Agustin Carstens, faz campanha na China. Hoje ele desembarca em Pequim para defender sua candidatura. O mexicano se reúne com o presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, e o ministro das Finanças do país, Xie Xuren.
A exemplo de Lagarde, Agustin Carstens também visitou a Índia antes da viagem à China. O candidato mexicano apelou aos países emergentes o apoio à candidatura. Segundo ele, recebeu apoio de vários países em desenvolvimento.