Agência France-Presse
postado em 10/06/2011 11:57
Moscou - O coronel russo Yuri Budanov, condenado em 2003 pelo sequestro e assassinato de uma jovem chechena e que para os defensores dos direitos humanos simbolizava as atrocidades das tropas russas nesta república do Cáucaso, foi assassinado nesta sexta-feira em Moscou. Yuri Budanov, de 48 anos, foi morto com quatro balas na cabeça ao sair de um escritório.O assassino, que usou uma arma com um silenciador, fugiu num carro, que posteriormente foi encontrado queimado. O coronel Budanov, oficialmente privado de sua patente, foi condenado em 2003 a dez anos de prisão pelo sequestro e assassinato em março de 2000 de Elza Kungaieva, uma chechena de 18 anos.
Nessa época comandava uma unidade de blindados, durante a segunda guerra lançada por Vladimir Putin no final de 1999 na Chechênia.
Esse processo - uma maratona judicial de três anos ao final do qual o coronel primeiro foi declarado inocente antes de ser condenado - teve uma grande repercussão na Rússia, pois os defensores dos direitos humanos o consideravam o símbolo das atrocidades das tropas russas na Chechênia.
Em 30 de março de 2000, Budanov foi preso pela promotoria militar acusado de ter sequestrado, estuprado e estrangulado a jovem Elza Kungaieva. Budanov também foi acusado pelo sequestro e desaparecimento de 18 civis chechenos, antes oficialmente absolvido em 2009 pela justiça.