Agência France-Presse
postado em 13/06/2011 11:51
Roma - Pelo menos 57% dos italianos participaram no domingo(12/6) e nesta segunda-feira (13/6) nos referendos sobre o uso da energia nuclear, a privatização do serviço de água e a imunidade penal para Silvio Berlusconi, um índice recorde que valida as consultas e representa um duro golpe para o chefe de Governo.Segundo os dados oficiais e após a apuração em metade dos municípios, 57% dos italianos compareceram às urnas. Desde 1995 nenhuma consulta popular havia superado a marca de 50% mais um voto necessária para ser considerada válida.
O governo de direita apostava na indiferença e no tempo bom da primavera, período de recesso, para que o referendo fracassasse e chegou a aprovar inclusive um decreto lei que suspendia o programa de construção de centrais nucleares durante dois anos para impedir a realização da consulta.
O referendo nuclear foi convocado para derrubar a lei que introduzia a energia atômica, uma das propostas emblemáticas do governo de direita.
A oposição de esquerda incentivou os italianos a comparecer às urnas para tentar dar uma segunda estocada eleitoral no chefe de Governo, após um duro revés sofrido há 15 dias nas eleições municipais ao perder a prefeitura de Milão, um de seus redutos.
Quase 50 milhões de italianos estavam registrados para votar e tentar derrubar três leis: a que autoriza a energia nuclear, a norma de legítimo impedimento que permite ao premier recorrer a compromissos oficiais para não comparecer à justiça e sobre a privatização da água.