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Obama é primeiro presidente dos EUA a visitar Porto Rico em meio século

Agência France-Presse
postado em 13/06/2011 17:29
WASHINGTON - O presidente Barack Obama viaja nesta terça-feira (14/6) a Porto Rico, uma visita "histórica" segundo a Casa Branca, depois de meio século da última realizada por um presidente americano, John F. Kennedy, em 1961. Esta será uma "visita realmente importante e histórica", na qual Obama deseja "passar um tempo proveitoso" na ilha e estabelecer contatos com seus líderes e habitantes, afirmou em conferência por telefone a diretora de assuntos intergovernamentais da Casa Branca, Cecilia Muñoz.

Mas Muñoz não quis adiantar se o presidente citará diretamente o espinhoso tema do futuro do estatuto político da ilha, que é um Estado Livre Associado dos Estados Unidos desde 1952.

A visita se inscreve dentro de um esforço de Obama por melhorar as condições da ilha, severamente atingida pela crise econômica. "Há muitos contatos diretos da administração com as pessoas da ilha, que foram contínuos desde que o governo começou, e continuarão depois da visita presidencial", disse Muñoz.

A visita de Obama que se estenderá por algumas horas, começará na capital San Juan com algumas palavras na base aérea Múñiz, depois da qual sustentará um encontro com o governador porto-riquenho, Luis Fortuño, na histórica mansão de La Fortaleza. Posteriormente, o presidente participará de um jantar para arrecadar fundos para o Partido Democrata e retornará na mesma terça-feira à noite a Washington.

Espera-se que uma multidão o aguarde na base aérea, e o presidente tentará ter tempo para conversar diretamente com algumas pessoas, disse Muñoz.

Obama deu no fim de 2009 um novo impulso a um grupo de trabalho presidencial para Porto Rico, criado por Bill Clinton em 2000, ampliando suas atribuições mais além do debate sobre o estatuto de associação, e envolvendo todas as agências de seu governo.

Em março passado, o governo produziu um relatório no qual recomendam que o presidente, o Congresso, os líderes de Porto Rico e sua população cheguem a um acordo sobre o estatuto de associação para o fim de 2012, e caso não consigam, que Obama trabalhe com o Congresso para produzir uma lei a respeito. Alguns setores da ilha são favoráveis a uma anexação total aos Estados Unidos, enquanto outros se inclinam pela independência definitiva.

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