postado em 14/06/2011 07:39
O secretário-geral da Organização das Nações Unidos (ONU), Ban Ki-moon, teve de fazer uma viagem de nove horas em ônibus comercial entre as cidades argentinas de Córdoba e Buenos Aires, depois que seu voo foi desviado por causa das cinzas do vulcão chileno Puyehue. O avião dele decolou de Bogotá, na Colômbia, com destino à capital argentina, mas teve de ser desviado para Córdoba depois que a nuvem vulcânica fechou o aeroporto de Buenos Aires.De Córdoba, a 700 quilômetros da capital, ele e sua comitiva embarcaram em um ônibus comercial para uma viagem de nove horas. O secretário foi fotografado comendo um alfajor - doce típico argentino feito de chocolate e doce de leite - e tomando café numa lanchonete de um posto de gasolina na estrada que liga as duas cidades.
[SAIBAMAIS]Mais tarde, ao ser recebido pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ele ouviu pedidos de desculpas pelo transtorno aéreo provocado pelos resíduos vulcânicos. ;São questões do clima, impossíveis de controlar. E contra essa questão não podemos [agir] nem mesmo com um decreto. Mas o vulcão é chileno, e o alfajor, argentino;, disse a presidente, sorridente.
Além de Ban Ki-moon, outras personalidades tiveram seus planos alterados por causa das cinzas vulcânicas. Na semana passada, o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, suspendeu viagem que faria a Buenos Aires e teve de adiar uma reunião com Cristina Kirchner.
Em seu discurso, a presidente da Argentina disse ao secretário-geral da ONU que esperava que a Grã-Bretanha aceitasse negociar a questão das Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses). ;Reiteramos nosso desejo de que a Inglaterra aceite a Resolução 2.065 da ONU, no sentido de negociar com a Argentina;, disse Cristina Kirchner.
O secretário permanecerá na Argentina até hoje (14), quando dará continuidade ao seu giro pelos países da América do Sul. Nas últimas horas, dezenas de voos voltaram a ser suspensos nos dois principais aeroportos de Buenos Aires, Ezeiza e Jorge Newbery (Aeroparque). Mais cedo, a partir dos dados do Serviço Nacional de Meterologia, o comitê avaliou que as operações aéreas não devem ser retomadas hoje.