AMÃ - Cerca de 300 jordanianos pediram nesta terça-feira o fechamento do escritório da Agência France-Presse em Amã durante um protesto diante da sede do serviço neste país, no dia seguinte à divulgação de informações sobre um ataque contra um comboio do rei Abdullah II, desmentidas pelas autoridades.
Uma fonte da segurança afirmou na segunda-feira que "parte do comboio do rei foi atacada com pedras e garrafas vazias por um grupo de jovens, após a sua entrada em Tafileh", cidade situada 179 km ao sul de Amã. Uma fonte do palácio real confirmou que houve feridos no incidente.
A informação, divulgada também por outros meios internacionais, logo foi desmentida pelo palácio real, pelo governo e por deputados da cidade, foco de manifestações contra o regime há várias semanas. "A população de Tafileh pede que o Tribunal de Segurança do Estado julgue a (diretora da AFP na Jordânia), Randa Habib, expulse-a e feche o escritório da agência francesa", indicava uma faixa.
Cerca de 40 policiais foram mobilizados em torno dos manifestantes, entre eles jovens e um deputado. Um dos participantes atirou um par de sapatos contra um edifício localizado nas imediações, acreditando que as salas da AFP estavam naquele local.
A Jordânia enfrenta desde janeiro manifestações exigindo reformas políticas e econômicas e o fim da corrupção. Os protestos não têm o alcance dos que sacudiram em janeiro e em fevereiro o Egito, nem o do movimento reprimido na vizinha Síria.