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Nove mortos e 18 feridos em ataque da Otan a Trípoli

Agência France-Presse
postado em 19/06/2011 11:53
Nove pessoas, entre elas cinco membros de uma mesma família, foram mortas e dezoito ficaram feridas numa ação da Otan sobre um bairro residencial de Trípoli, na madrugada deste domingo, segundo um novo balanço comunicado à AFP pelo porta-voz do regime líbio. Falava-se, antes, em cinco mortos. "O número é de nove mártires, entre eles cinco da mesma família, e 18 feridos", declarou Mussa Ibrahim. "Quatro outras pesssoas foram mortas quando passavam diante de um prédio, que foi bombardeado", precisou. O imóvel, de dois andares, no qual residiam cinco famílias, segundo as autoridades, foi destruído num ataque ao bairro popular de Al-Arada, na zona leste de Trípoli. Pelo menos duas outras casas vizinhas sofreram danos, comprovou um correspondente da AFP. Dois corpos foram retirados dos escombros diante de jornalistas internacionais, levados ao local pelas autoridades. No hospital de Trípoli, havia corpos de duas crianças de menos de dois anos e o de uma mulher, todos da mesma família. O regime líbio acusa a Aliança Atlântica de cometer "barbáries", visando "deliberadamente a população civil". Segundo o porta-voz líbio, os dirigentes americanos, franceses, britânicos e italianos que conduzem as operações militares são "responsáveis moral e legalmente pelos assassinatos". A Otan diz estar investigando o acidente, que se segue a um bombardeio por engano, também da Aliança Atlântica, a combatentes rebeldes perto da cidade de Ajdabiya, no leste da Líbia, ocorrido na última quinta-feira. Na ocasião, 16 homens ficaram feridos. A coalizão militar desculpou-se pelo caso. Na noite de sábado, a Otan admitiu que um de seus aviões atacou acidentalmente uma coluna das forças rebeldes na região de Brega (leste) no dia 16 de junho, e disse lamentar "a perda de vidas humanas e ferimentos". Em nível diplomático, uma reunião de altos dirigentes da ONU, da União Europeia, da Liga Árabe, União Africana e da Organização da Conferência Islâmica insistiu sábado, no Cairo, na necessidade de "acelerar a abertura de um processo político que responda às aspirações legítimas do povo líbio".

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