Agência France-Presse
postado em 27/06/2011 07:36
Pequim - O dissidente chinês Hu Jia anunciou que deseja retomar a militância, mas que está refletindo sobre o impacto que a decisão teria sobre sua família, em seus primeiros comentários após a libertação no fim de semana.Durante uma entrevista por telefone ao canal Cable TV, de Hong Kong, Hu destacou a importância da "lealdade à moralidade, da lealdade aos direitos dos cidadãos. Devemos ser leais a nossa consciência", afirmou.
[SAIBAMAIS]Hu Jia, um dos principais ativistas dos direitos humanos e críticos do governo da China, retornou para sua casa em Pequim no domingo, informou sua esposa Zeng Jinyan no Twitter, depois de cumprir uma sentença de 42 meses por subversão.
A polícia chinesa bloqueou o acesso à residência do militante, dando a entender que Hu poderia estar sob uma forma de prisão domiciliar.
Além da condenação a uma pena de prisão, Hu também deve enfrentar um ano de privação dos direitos políticos, o que significa fundamentalmente a proibição de participar em atividades políticas, incluindo o veto a declarações aos meios de comunicação.
Durante a entrevista, Hu afirmou que está sendo pressionado pela família a evitar os problemas. "Eles pedem: tenha uma vida normal e não enfrente o regime, porque o regime é muito cruel e arbitrariamente viola a dignidade de seus ciudadãos. Devo tentar consolar meus pais e fazer o que for possível para consolá-los, mas posso apenas afirmar que terei cuidado", completou, dando a entender que gostaria de retomar a militância.