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TPI: questão é saber como Kadhafi deixará o poder (Juppé)

Agência France-Presse
postado em 27/06/2011 16:05
BORDEAUX - O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, considerou nesta segunda-feira que a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de expedir um mandado de prisão contra Muamar Kadhafi confirma que "a questão não é saber se ele deve deixar o poder, mas como e quando".

A apresentação desse mandado de prisão "é a confirmação de que hoje a questão não é saber se Kadhafi deve deixar o poder, mas como e quando ele vai deixá-lo", declarou Juppé durante uma entrevista coletiva à imprensa em Bordeaux (sudoeste), cidade da qual é o prefeito.

"Juntos com nossos parceiros da coalizão, da União Europeia, da União Africana, com os países árabes, estamos buscando esta solução, que será uma solução política que permita estabelecer um cessar-fogo e o fim da intervenção militar", acrescentou Alain Juppé.

Para Bernard Valero, porta-voz do Quai d;Orsay, "esta decisão, de grande significado, representa a confirmação de que Kadhafi perdeu toda a legitimidade e que está totalmente isolado".

"A França pede o pleno respeito às obrigações internacionais ligadas ao TPI", acrescentou o porta-voz em um comunicado.

O Tribunal Penal Internacional anunciou nesta segunda-feira ter emitido um mandado de prisão por crimes contra a Humanidade contra o coronel Muamar Kadhafi, segundo chefe de Estado a ser indiciado por esta instância depois do presidente sudanês Omar al-Bashir.

Os juízes também expediram mandados de prisão por crimes contra a Humanidade contra o filho do coronel Kadhafi, Seif al-Islam, e contra o chefe dos serviços de inteligência líbios, Abdallah al-Senussi, como havia sido solicitado pelo procurador Luis Moreno-Ocampo.

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