Agência France-Presse
postado em 27/06/2011 17:07
WASHINGTON - A candidata francesa à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, recebeu o apoio da China nesta segunda-feira, o que aumenta as probabilidades de que ela seja eleita mesmo com as queixas dos países emergentes sobre a monopolização do cargo por europeus.Espera-se que a partir de terça-feira o Conselho de Administração do FMI eleja o novo diretor-gerente entre Lagarde, ministra francesa de finanças, e Agustín Cartens, governador do Banco Central mexicano.
Desde que iniciou a campanha pela direção do fundo, no final de maio, Lagarde - de 55 anos e apoiada pela Europa - tem sido a grande favorita, apesar de Washington ainda não ter expressado sua preferência.
O fato de a China ter confirmado seu respaldo a Lagarde sugere ainda que as objeções expressadas pelos países emergentes quanto à nomeação de um europeu terão pouco impacto na decisão final.
Segundo o diretor do Banco Central chinês, Zhou Xiachuan, "Pequim já demonstrou apoio completo à candidatura de Lagarde", conforme publicado pelo Dow Jones Newswires.
Enquanto isso, Cartens, de 53 anos, recorreu na sexta-feira a Austrália e Canadá, sugerindo que a luta não havia ainda chegado ao fim.
Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI, renunciou no dia 18 de maio ao cargo após um escândalo sexual em Nova York, aumentando ainda mais a tensão pela qual passa o FMI, que já vinha abalado pelas negociações em relação ao gigantesco plano de resgate da Grécia e preocupações sobre o estado de outras economias da Europa.
Apesar dos enormes méritos, incluindo um período como número três do FMI, o economista Cartens não conseguiu reunir apoio concreto dos países em desenvolvimento, a não ser de um pequeno bloco de nações latino-americanas.
O Conselho de Administração do FMI declarou que gostaria de tomar a decisão por consenso, antes do final do mês de junho.