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Petróleo fecha com nova queda em NY e se recupera em Londres

Agência France-Presse
postado em 27/06/2011 18:28
NOVA YORK - Os preços do petróleo terminaram nesta segunda-feira com uma leve queda em Nova York, ainda sob os efeitos da decisão dos países consumidores de recorrer as suas reservas estratégicas, que pesou mais do que o otimismo dos mercados sobre a situação da Grécia. Já em Londres, a commodity apresentou leve alta.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude") negociado nos EUA, para entrega em agosto, terminou a 90,61 dólares, numa redução de 55 centavos em relação sexta-feira.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte - também para entrega em agosto - subiu 88 centavos, a 105,99 dólares, depois de ter caído nove dólares entre quinta-feira e sexta-feira.

Em NY, os preços - que caíram 8% nas últimas semanas - iniciaram a jornada com uma clara queda e reduziram as perdas ao final da sessão.

O anúncio de quinta-feira feito pela Agência Internacional de Energía (AIE) de que poria a venda 60 milhões de barris de petróleo bruto, extraídos das reservas estratégicas de seus países membros, "tem pesado sobre seu mercado", explicou Rich Ilczyszyn, da corretora Lind Waldock.

"Contudo, os preços já baixaram bastante. Não creio que vão cair muito mais porque estamos num período de grandes viagens de carro no norte do globo (devido às férias de verão, habitualmente acompanhadas por um aumento do consumo de gasolina), e os furacões podem ameaçar as instalações petrolíferas do Golfo do México", disse o analista.

Os preços limitaram suas perdas quando a bolsa de Nova York se orientava claramente em alta e o dólar indicava queda, com os investidores antecipando o rápido desbloqueio do novos fundos para a Grécia.

Para os analistas do Barclays Capital, "o mercado segue afetado pela decisão" da AIE, que garantiu uma maior disponibilidade do petróleo bruto ao menos para uma parte no terceiro trimestre.

A organização, que representa os países consumidores industrializados, disse que queria compensar a redução das exportações líbias, que poderiam trazer escassez para para a Europa durante o perído de férias, quando o consumo é tradicionalmente mais alto.

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