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'Indignados' de Barcelona desistem de deixar Praça da Catalunha

Agência France-Presse
postado em 29/06/2011 18:46
BARCELONA - Os "indignados" de Barcelona, que desde 15 de maio estão acampados na Praça da Catalunha, previam deixar o local nesta quarta-feira, mas interromperam a partida por um desacordo com a prefeitura da cidade, constatou a AFP.

Os "indignados" tinham chegado a um acordo com a prefeitura para deixar o acampamento em troca da colocação de um ponto de informação, fornecido pela própria prefeitura e, na metade da manhã, tinham desmontado várias tendas e retirado alguns cartazes.

No entanto, paralisaram o desmantelamento do campo, restando ainda algumas barracas, depois de rejeitar o módulo oferecido pela prefeitura, já que consideram que este não cumpre suas exigências.

"O módulo que nos propuseram era um cavalo de Troia. Queriam nos colocar em um módulo de 2x4m, insuficiente, em troca de desalojarmos toda a praça", disse à AFP Roc Peris, um dos porta-vozes do movimento.

"Não achamos isso justo. Nós fizemos a nossa parte, limpando tudo o que era possível e agora esperamos que haja outra proposta", completou.

Depois de rejeitar o módulo, os indignados temem agora que a prefeitura possa desalojá-los pela força.

"Nós resistiremos pacificamente", disse Rubén, desempregado, que explica que "agora a praça está livre porque muitos foram para Madri e outros porque acreditam que esta noite vai haver um despejo violento por parte da polícia".

O movimento 15-M, conhecido como dos "indignados", nasceu espontaneamente em 15 de maio e reuniu milhares de jovens espanhóis em diversas cidades espanholas, exasperados com as consequências da crise econômica.

No último mês, os indignados realizaram diversas manifestações, especialmente acampamentos de protesto em várias cidades.

Em Madri, os "indignados" realizaram na emblemática Puerta del Sol um "debate sobre o Estado da Nação alternativa".

Além disso, várias marchas que partiram de diversas cidades da Espanha confluíram em 23 de julho em Madri, para expressar suas reivindicações e protestos diante do Parlamento espanhol.

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