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Protesto no chile reune cerca de 100 mil pessoas no centro de santiago

postado em 01/07/2011 08:13
Protesto em Santiago: crise na educação enfraquece governo de Lavin

O centro de Santiago, no Chile, foi palco ontem do maior protesto pela educação pública na história do país, com 100 mil participantes, segundo os organizadores ; as autoridades mencionaram o total de 50 mil.

Professores e estudantes marcharam pela capital chilena na maior de uma série de manifestações para exigir maior atenção do governo para com as instituições de ensino oficiais e a preservação da educação gratuita.

O Chile tem 4,5 milhões de alunos no ensino superior, e os alunos de instituições privadas são os que apresentam os melhores resultados. A concentração terminou em violentos confrontos com a polícia e ao menos 29 pessoas foram presas, 13 delas acusadas de carregar bombas incendiárias.

A prefeitura de Santiago tinha autorizado a permanência dos manifestantes no centro da cidade até as 14h, mas a determinação foi desobedecida e resultou na paralisação do tráfego no centro da cidade e no sistema metroviário. A tropa de choque lançou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar a multidão, e os manifestantes mais exaltados responderam atirando pedras, paus e outros objetos.

Uma loja de telefones celulares foi saqueada e a Embaixada brasileira ; que fica em frente ao Ministério da Educação, ponto culminante da manifestação ; sofreu tentativas de invasão. Manifestantes tentaram ultrapassar as barreiras de proteção e agrediram os policiais da guarda com pedras e pedaços de pau.

Os protestos e confrontos se repetiram em várias cidades do país, em um clima que retrata as dificuldades do presidente Joaquín Lavin, de direita, diante das demandas dos movimentos sociais. Setores da coligação de centro-esquerda Concertação, que governou o país desde a redemocratização, em 1990, até 2010, começam a reclamar a renúncia de Lavin.

O prefeito de Santiago, Pablo Zalaquett, aliado do presidente, saiu em defesa do governo e afirmou que Lavin ;fez em um ano e meio mais do que a Concertação em 20 anos;. Dentre as melhorias, Zalaquett ressaltou ;as bolsas de estudo e a lei de garantia de qualidade;.

Embora o prefeito considere as manifestações populares "legítimas", lembrou aos sindicatos e à oposição que ;o país tem um clima de diálogo;.

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