postado em 01/07/2011 21:01
WASHINGTON, 1 julho 2011 (AFP) - O novo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, prometeu nesta sexta-feira manter o exército americano como o "mais forte" do mundo, apesar das restrições orçamentárias, depois de fazer o juramento no cargo."Como seu líder, garantirei que nosso país continue tendo o exército mais bem treinado, mais bem equipado e mais forte do mundo - uma força preparada para enfrentar os desafios que nos apresentam", escreveu Panetta em sua primeira mensagem às tropas depois de jurar por seu cargo no Pentágono. "Em um momento no qual os Estados Unidos enfrentam problemas de ordem orçamentária, nosso exército não será fraco enquanto eu estiver neste posto", completou.
Panetta, 73 anos, diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), chegou ao Pentágono às 08h38 locais (09h38 de Brasília) - com oito minutos de atraso - a seu primeiro dia como secretário de Defesa. O tenente John Kelly, que de agora em diante será um de seus colaboradores mais próximos, o aguardava nas escadarias do edifício. "Bem-vindo a bordo, senhor", disse Kelly enquanto o cumprimentava.
Panetta assume o posto de secretário de Defesa em um momento em que diversas vozes se elevam para reduzir os gastos públicos, incluindo aqueles gerados através do enorme orçamento para a Defesa.
Reconhecendo que haverá de tomar "decisões orçamentárias difíceis", Panetta disse querer "preservar a excelência e a superioridade de nossas forças armadas" e buscar paralelamente formas de economizar dinheiro.
O orçamento americano para a Defesa de 2012 é de 671 bilhões - o que representa mais de 40% dos gastos militares mundiais - dos quais 118 bilhões financiam o conflito no Iraque e Afeganistão.
O porta-voz do Pentágono, Douglas Wilson, disse que o orçamento será "um tema importante na agenda" de Panetta, mas que o próximo secretário da Defesa "acredita que não há uma verdadeira opção entre responsabilidade fiscal e segurança nacional".
"Ele tomará isso muito seriamente. Ele sabe que há decisões muito difíceis que terão de ser tomadas", disse Wilson na quinta-feira. Em sua declaração, Panetta falou sobre a guerra no Afeganistão que se prolongou por quase 10 anos e sobre a retirada das tropas americanas este ano. "Nossa nação está em guerra. Devemos prevalever contra nossos inimigos", disse Panetta.
Panetta disse que os Estados Unidos "devem manter-se comprometidos a trabalhar estreitamente com nossos aliados afegãos e interrogá-los para nos assegurar que nunca mais (o Afeganistão) se torne um refúgio para a Al-Qaeda e seus aliados".