Agência France-Presse
postado em 02/07/2011 17:35
ATENAS - A guarda costeira grega impediu neste sábado, pelo segundo dia consecutivo, que os barcos da frota para Gaza zarpassem dos portos do país, provocando discórdia entre os militantes pró-palestinos.As discussões prevalecem entre os últimos passageiros da "frota internacional da liberdade", que esperam romper o bloqueio marítimo israelense de Gaza. Na sexta-feira, um barco americano foi detido pela guarda costeira depois de ter levantado a âncora sem advertência.
O movimento palestino Hamas, que governa Gaza, condenou a interceptação por parte da Grécia do barco americano da frota, qualificando a ação de "desumana". "Tudo isto é resultado de pressões exercidas pelos ocupantes sionistas", criticou o Hamas, em uma referência a Israel.
A organização "Ship to Gaza" afirmou que o primeiro-ministro grego Giorgos Papandreou vendeu "a alma da Grécia" ao permitir que as "águas territoriais israelenses" cheguem às costas.
O ministério grego de Proteção Civil confirmou neste sábado que a proibição de zarpar "sob bandeira grega ou estrangeira dos portos gregos com destino à zona marítima de Gaza prossegue em vigor até nova ordem".
No momento, os organizadores da frota debatem se devem enviar os quatro barcos que estão em águas internacionais para Gaza. Os militantes acusaram o serviço secreto israelense de provocar o fracasso da missão com cercos, golpes baixos, sabotagens ou questões burocráticas.
Apenas quatro dos 10 barcos inicialmente previstos seguiam no mar neste sábado: "Gemika" (Espanha), "Tahrir" (Canadá), "Dignité Al Karama" e "Louise Michel", ambos da França.
Mas nada indica que a ajuda com destino a Gaza se encontre a bordo destess navios, já que a ajuda inicialmente prevista deveria ser transportada por dois cargueiros que não levantaram âncoras.