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Eleição para prefeitura de Buenos Aires será decidida no segundo turno

Agência France-Presse
postado em 05/07/2011 16:23
BUENOS AIRES - As eleições para a prefeitura de Buenos Aires serão definidas em segundo turno entre o prefeito que busca a reeleição, o direitista Mauricio Macri, e seu maior rival, o peronista Daniel Filmus, assegurou nesta terça-feira o chefe de gabinete, Aníbal Fernández. "Será definido das urnas. Ninguém ganha no primeiro turno", sustentou em coletiva de imprensa Fernández, chefe dos ministros da presidente Cristina Kirchner, ao se referir às eleições convocadas para este domingo, 10 de julho.

As eleições no terceiro maior distrito em quantidade de habitantes (quase 2,9 milhões) serão um dos principais testes antes das presidenciais de 23 de outubro. Todas as empresas privadas preveem que haverá disputa, prevista para 31 de julho, entre Macri e Filmus, já que nenhum dos dois deverá alcançar mais de 50% dos votos no primeiro turno, como exigido pela Constituição.

Macri, 52 anos, líder do partido Proposta Republicana (PRO, direita) e ex-presidente do gigante do futebol Boca Juniors, é um dos filhos de Franco Macri, fundador de um poderoso império industrial e de serviços.

Filmus, 56 anos, é um senador, sociólogo e ensaísta em temas pedagógicos que foi ministro da Educação do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e diretor da Fundação Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). "Há uma polarização entre Macri (42,9% em intenções de voto) e Filmus (30,2%). A quantidade de indecisos tem se reduzido", disse à rádio da Cidade o diretor da Poliarquia Consultores, Sérgio Berensztein.

O analista indicou que longe de ambos está o deputado e cineasta Fernando "Pino" Solanas (Projeto Sul, centro-esquerda), com 8,2% das intenções de voto, enquanto que o restante dos postulantes estão com adesão escassa nas pesquisas.

Até agora nas eleições, que envolvem 24 distritos do país, o governista Frente para a Vitória (FPV) ou seus aliados, venceram nas províncias de Catamarca (noroeste), Salta (norte), La Rioja (noroeste), Neuquén (sudoeste), Misiones (nordeste) e Tierra del Fuego (sul). A única derrota sofrida pelo governo foi em Chubut (sul), onde venceu um grupo peronista dissidente.

Cristina Kirchner apresenta-se para sua reeleição, mas antes deve ganhar no teste das primárias obrigatórias e simultâneas de todos os partidos em 14 de agosto.

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