Agência France-Presse
postado em 10/07/2011 14:56
CAIRO - Manifestantes egípcios passaram sua segunda noite na Praça Tahrir, no Cairo, onde tencionam prosseguir com os protestos, apesar de uma série de concessões por parte do primeiro-ministro.Centenas de manifestantes se encontravam congregados neste domingo, impedindo inclusive o acesso a Mugamma, um enorme complexo administrativo do governo no centro da capital. Eles afirmam que manterão seu movimento até que as exigências da revolução sejam atendidas, incluindo o fim do julgamento militar de civis, o afastamento e indiciamento dos policiais acusados de assinato e tortura de civis.
No sábado, o primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, anunciou que todos os policiais acusados de ter matado manifestantes durante a revolta, no início do ano, contra o regime do presidente Hosni Mubarak foram destituídos.
Essa decisão faz parte de uma série de medidas destinadas a responder às crescentes críticas sobre a falta de sanções e a lentidão da Justiça para castigar os responsáveis da repressão às revolstas que derrubaram Hosni Mubarak.
Sharaf declarou ter pedido ao Ministério do Interior para "suspender todos os policiais e seus superiores acusados de ter envolvimento com a morte de manifestantes" durante esses acontecimentos, que deixaram oficialmente cerca de 850 mortos.
Também pediu "a aceleração dos processos" contra os acusados e ex-líderes ou aliados do antigo regime, outro dos insistentes requerimentos formulados por diversos movimentos e partidos egípcios que participaram da revolta.