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Hillary Clinton e Patriota lançam iniciativa internacional anticorrupção

Agência France-Presse
postado em 12/07/2011 13:00
Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, apresentaram nesta terça-feira (12/7) em Washington uma iniciativa internacional para compartilhar experiências de transparência governamental e luta contra a corrupção.

A Aliança para os Governos Abertos (OGP na sigla em inglês) pretende ser "uma rede de apoio para aqueles líderes e cidadãos que trabalham para construir maior transparência", disse Hillary no evento no Departamento de Estado. "A ideia é reconciliar um compromisso com a transparência e o bom governo, com métodos inovadores e a plena utilização das novas tecnologias para um governo aberto que dê garantias de que a democracia está sendo compartilhada por todos", declarou Patriota.

A chefe da diplomacia americana destacou que a iniciativa, que será lançada formalmente em setembro na Assembleia Geral da ONU, tem importância especial no momento em que aumentam os protestos nos países africanos e do Oriente Médio. "Quando as populações são mantidas à margem das decisões dos governos e não têm voz nos processos políticos, eventualmente dirão basta", disse a secretária de Estado diante de representantes de 60 países e de várias organizações civis.

A OGP será copresidida no primeiro ano por Brasil e Estados Unidos, e em um primeiro momento contará com a participação de México, Grã-Bretanha, Noruega, Filipinas, Indonésia e África do Sul. "O importante é que não se propõe a ensinar ninguém como se comportar. É voluntário, constituído por países que decidiram associar-se no esforço de melhorar suas práticas", disse Patriota.

O compromisso com governos abertos foi ratificado em um comunicado conjunto dos presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff na visita do primeiro ao Brasil em março, recordou Patriota. Este esforço ressalta a "evolução gradual" das relações bilaterais, disse.

Já Hillary elogiou os esforços dos governos do Brasil nas últimas décadas, que conseguiram "tirar tantos da pobreza e ao mesmo tempo reforçar as instituições democráticas".

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