Agência France-Presse
postado em 21/07/2011 21:55
O ministro da energia chileno, Francisco Echeverría, que assumiu o cargo na segunda-feira (18/7), no segundo ajuste de gabinete do presidente Sebastián Piñera, renunciou nesta quinta-feira (21/7) ao considerar que existia um "potencial conflito" de interesse com as empresas nas quais participa.Echeverría, que antes de ser designado como ministro da energia exercia o cargo de prefeito de Santiago, explicou à imprensa que a empresa de construção da qual detém participação "presta serviços a empresas da área de energia", motivo pelo qual apresentou sua renúncia. "Não havia nenhuma incompatibilidade legal no fato (de sua empresa prestar serviços da área energética) estando eu no cargo, mas achei que isso poderia levantar suspeitas de favorecimento a elas, assim, me pareceu justo apresentar a renúncia", disse Echeverría.
O até agora secretário de Estado assegurou que, no momento de jurar em seu novo cargo, não pode "prever" essa situação, e que nesta quinta-feira, depois de dois dias de "cuidadosa investigação", decidiu explicar sua situação ao presidente, que "encontrou razão". "Estava muito afastado de minha atividade empresarial, e ao fazer a investigação do que estavam fazendo as empresas nas quais eu tenho ações, me dei conta de que tinham evoluído para o setor de energia", justificou Echeverría.
O porta-voz do governo, Andrés Chadwick, afirmou que "o nome do substituto será estudado pelo presidente nos próximos dias e assumirá na qualidade de adjunto o subsecretário Sérgio del Campo".
Pressionado por um aumento do mal-estar social no Chile e uma popularidade em baixa, o presidente Sebastián Piñera reestruturou na segunda-feira seu gabinete, nomeando novos ministros.