Agência France-Presse
postado em 22/07/2011 16:01
Há 40 anos, o jornal New York Times consagrava um artigo ao mais célebre expoente dessa arte, Taki 183, revelando ao grande público uma expressão gráfica que invadiria o mundo: o grafite, agora elevado a uma expressão de arte e homenageado neste verão europeu no Grimaldi Forum, de Mônaco.Na origem, o tag, ou assinatura codificada - a primeira forma do grafite, nasceu na Filadélfia. Precursores, como Topcat 126 ou Cornbread, importaram essa "cultura", levando-a a Nova York no final dos anos 1960, explicou Aaron Goodstone - ou Sharp -, um dos mais antigos grafiteiros nova-iorquinos, presente, nesta quarta-feira à inauguração da exposição "A arte do grafite - 40 anos sob pressão".
Um empregado grego de Manhattan assinou com seu pseudônimo - Taki 183 - as fachadas de prédios e muitas outras paredes da cidade, até ser exaltado pelo New York Times, num artigo publicado no dia 21 de julho de 1971, como primeiro artista conhecido desse gênero novo.
A partir dos anos 1970, as latas de tinta em spray substituíram o simples marcador. A cor explodiu, dando nascimento ao "wild style" (letras emaranhadas), ao "style vitrail" ou ainda à corrente "lettriste" (na qual o artista cria o próprio alfabeto), relata o arquiteto parisiense Alain-Dominique Gallizia, que apresenta, na mostra, sua coleção pessoal de 500 obras vindas do mundo inteiro. "O %2bpressionnisme%2b, uma arte sob pressão levou dez anos para dominar": pressão na lata de spray com a qual se pinta, pressão da polícia que persegue seus autores, pressão da opinião pública, muitas vezes hostil, comenta.
Maiores informações sobre a exposição podem ser obtidas no site