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Diretor da AIEA avalia obras de contenção de radiações em Fukushima

Agência France-Presse
postado em 25/07/2011 11:19
Tóquio - O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, visitou nesta segunda-feira (25/7) a central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, para avaliar os trabalhos de contenção das radiações emitidas após a maior catástrofe nuclear em 25 anos.

Amano vestiu uma roupa de proteção contra as radiações antes de entrar na área afetada pelo tsunami que atingiu o país no dia 11 de março, após um terremoto de 9 graus de magnitude registrado no Oceano Pacífico. "Gostaria de avaliar o que a AIEA pode fazer para ajudar", disse o ex-diplomata japonês a um grupo de jornalistas na estação de trens próxima à central nuclear.

"Gostaria de escutar o que as equipes no local têm a dizer sobre as dificuldades que encontram e sobre como se sentem tendo que fazer este trabalho dia e noite", acrescentou Amano.

Após deter os circuitos de esfriamento, o combustível nuclear de quatro dos seis reatores da central começaram a se fundir, provocando explosões e radioatividade a dezenas de quilômetros ao redor de Fukushima.

Cerca de 80 mil pessoas que viviam em um raio de 20 km ao redor da central foram obrigadas a abandonar suas casas.

Nesta semana, o diretor-geral da AIEA deve se reunir com autoridades políticas japonesas para falar sobre a segurança nuclear.

Em um informe divulgado em junho, a agência da ONU criticou a reação do Japão após o acidente de Fukushima, principalmente por não ter implementado a convenção de assistência prevista pela AIEA em caso de acidente nuclear.

Esta convenção rege a cooperação entre Estados com a AIEA para organizar a ajuda, a segurança e as comunicações.

Em uma versão preliminar do informe, a agência ressaltou que os riscos de tsunami foram subestimados, mas elogiou a reação "exemplar" do Japão diante da catástrofe.

O operador da central acidentada, Tokyo Electric Power (Tepco), espera conseguir esfriar os reatores e manter a temperatura do combustível abaixo dos 100 graus celsius antes de janeiro de 2012.

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