postado em 26/07/2011 07:36
O polêmico manifesto atribuído ao autor confesso do massacre na Noruega, Anders Behring Breivik, considera o Brasil um país onde a política de se estabelecer uma mistura de raças europeias, asiáticas e africanas provou-se ;catastrófica;.Para o autor, a miscigenação resultou em altos níveis de corrupção, em baixa produtividade e em conflitos entre as diferentes culturas. O norueguês cita o Brasil nove vezes e o termo brasileiro em três ocasiões, em situações diferentes.
;A razão por trás de nossa preocupação e oposição está no fato de que a imigração em massa, a mistura de raças e a adoção de não europeus prejudicam a unidade de nossa tribo ; isso danifica o grau de coesão social que qualquer país tenha. Primeiramente, um país que tem culturas que competem se despedaçam internamente a longo prazo ou acabarão como um país em permanente disfunção, como o Brasil e outros países similares;, escreveu Breivik, na página 1.161. ;Corrupção e um alto grau de crime são resultado natural dessa falta de coesão social;, acrescenta o norueguês.
No documento, intitulado A European Declaration of Independence ; 2083 (Uma declaração de Independência Europeia ; 2083), Breivik menciona o Brasil como um dos que se tornaram independentes com ;golpes de Estado sanguinários; e dos que sofreram intervenções dos Estados Unidos.
Até mesmo o acidente radiológico com o césio 137, ocorrido em Goiânia há quase 24 anos, aparece no manifesto, publicado somente na internet. ;Seja extremamente cuidadoso ao lidar com material radiológico;, alerta na página 1.060.
Para Breivik, que tem ligações com a extrema direita norueguesa, o ;Brasil vem se estabelecendo como o segundo país do mundo com o menor nível de igualdade social;. O texto, entretanto, não explica qual seria o primeiro. Em seu manifesto, cheio de referências islamofóbicas e antimarxistas, redigido em inglês, o autor explica que decidiu começar a preparar os ataques perpetrados na sexta-feira no outono de 2009, e detalhou ainda como seria sua forma de atuar.