postado em 26/07/2011 07:37
Se depender da vontade do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nada ; nem mesmo o câncer do qual ele afirma se recuperar ; será capaz de impedi-lo de disputar a eleição de 2012 ou de retirá-lo do poder antes de 2031. ;Tenho razões médicas, científicas, humanas, amorosas, políticas para me manter à frente do governo e da candidatura (em 2012) com mais força do que antes;, enfatizou o governante, que completará 57 anos depois de amanhã. Na entrevista ao jornal venezuelano Correo del Orinoco, divulgada pela internet na noite de domingo, o mandatário, no cargo há 12 anos, destacou a vontade de continuar no poder por mais 20: ;Estou decidido a chegar até 2031;. Ele lembrou que esse ano seria o primeiro após o bicentenário da morte de Simón Bolívar, herói nacional de seu país, responsável pela independência de várias nações americanas e cuja memória Chávez cultua.Caso as urnas confirmem o desejo de Chávez, ele teria direito a ficar à frente do Executivo até fevereiro de 2019. E ele tem a possibilidade do terceiro mandato garantida por uma emenda constitucional aprovada em novembro de 2009. Por esse adendo patrocinado pelo próprio líder venezuelano, os presidentes do seu país têm assegurada a prerrogativa de serem reeleitos todas as vezes que conseguirem a maioria dos votos dos eleitores.
Quanto ao câncer que teve diagnosticado no início de junho, em Cuba, durante uma visita oficial, Chávez não deu nenhuma nova informação. Limitou-se a informar que terminou a primeira etapa de um tratamento quimioterápico realizado em Cuba e ;bem-sucedido;, segundo ele. ;Foi um ataque duro à possibilidade de que (a doença) volte;, afirmou, sem revelar a data da nova aplicação ou se ainda teria que enfrentar radioterapia.
Melhor do que nunca
Chávez garantiu ao Correo del Orinoco que o pouco que se informou sobre seu estado de saúde ;está ajustado à verdade;. ;Sinto-me melhor do que nunca de espírito, de ânimo, de alma. E o corpo, respondendo de maneira extraordinária em todos os sentidos;, garantiu o mandatário. Ele ainda procurou tranquilizar os venezuelanos quanto à estabilidade política do país, com a garantia de que em nenhum momento pensou em deixar a Presidência. ;Se houvesse razões, eu o faria;, garantia.