Agência France-Presse
postado em 05/08/2011 17:05
CAIRO - O presidente deposto do Egito, Hosni Mubarak, condenado por ter cortado o serviço de internet durante a revolta que o tirou do poder, transferiu parte da culpa para seu sucessor, informou Mohammed Wahab, um de seus advogados, nesta sexta-feira.Em 28 de maio, uma corte do Cairo impôs a Mubarak e a dois ex-ministros uma multa total de 90 milhões de dólares por terem "prejudicado a economia" com um corte dos telefones e da internet durante a revolta egípcia. Wahab informou que Mubarak recorreu ontem da multa.
A decisão de cortar a internet foi tomada por uma comissão que incluía Field Tantawi, chefe militar egípcio e na época ministro da Defesa, afirmou Mubarak, que alegou não ter sido consultado. Um porta-voz das Forças Armadas disse que o ex-presidente "acha que os militares o abandonaram quando ele era seu comandante supremo, e agora quer ir à forra".
Mubarak começou a ser julgado esta semana por acusações de corrupção e pela morte de centenas de manifestantes durante a revolta de janeiro e fevereiro.