Agência France-Presse
postado em 05/08/2011 18:14
WASHINGTON - Um integrante de uma unidade do Exército americano se declarou culpado, nesta sexta-feira em uma corte militar, de uma acusação de homicídio culposo de um civil afegão sob custódia dos Estados Unidos em maio de 2010.Adam Winfield, 23, de Coral Gables, Flórida, foi acusado de homicídio premeditado e conspiração para assassinar, no caso da morte de três civis afegãos na província de Kandahar. Ele é um dos cinco soldados acusados de terem matados os civis por diversão e de terem violado a cena do crime, para fazer supor que as vítimas teriam atacado os soldados.
Winfield é membro de uma brigada conhecida como Stryker Brigade, baseada perto de Seattle. Outro soldado da unidade, Jeremy Morlock, de Wasilla, Alasca, foi condenado em março a 24 anos de prisão. Sete outros integrantes foram acusados de terem acobertado o crime.
Winfield também disse ser culpado de uma acusação de consumo ilegal de haxixe. Ele assumiu a culpa pela acusação reduzida de homicídio culposo em troca de depor contra outros soldados acusados da matança.
Ao ser interrogado pelo juiz, o coronel David Conn, Winfield disse que tinha noção de que estava cometendo um crime, e que falhou por não tê-lo evitado. "Eu tinha como evitar que isso acontecesse. Falhei porque tive medo."
O soldado disse que temeu uma represália de seu superior, o sargento Calvin Gibbs, suposto cabeça do grupo, que teria ameaçado matá-lo caso o crime fosse descoberto.
A sentença máxima para as duas acusações é de 17 anos de prisão, mais privação do pagamento, rebaixamento e exoneração. Winfield deverá receber uma pena reduzida.