Agência France-Presse
postado em 05/08/2011 20:09
NOVA YORK - Os preços do petróleo recuperaram mais de dois dólares em Londres e avançaram levemente nesta sexta-feira em Nova York, no final de um pregão com altos e baixos, em um mercado preocupado com o crescimento econômico.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro fechou em 86,88 dólares, em alta de 25 centavos em relação a quinta-feira.
"Com o mercado de ações indo em todos os sentidos e anúncios provenientes da zona do euro, o mercado teve algumas mudanças abruptas de tendência", constatou John Kilduff, da Again Capital.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento subiu 2,12 dólares, a 109,37 dólares.
No pico do pregão, o WTI alcançou 88,32 dólares, depois de cair nas operações eletrônicas prévias a 82,87 dólares. Ao final, estabilizou-se, mas continuou afetado pela forte queda de quinta-feira, quando perdeu 5,30 dólares.
Nos sete pregões anteriores havia perdido 11%.
O anúncio de uma melhora na criação de empregos nos Estados Unidos em julho, com a criação de 117.000 postos e o inesperado retrocesso da taxa de desemprego para 9,1% (-0,1 ponto), tinham permitido ao mercado subir na abertura.
"A boa notícia sobre os dados de emprego, é que poderiam ter sido piores. Isso provocou uma pausa depois do ataque" de quinta-feira nos mercados, afirmou Phil Flynn, da PFG Best Research.
"Mas o mercado não parece completamente convencido de que essas cifras de emprego serão suficientemente sólidas para superar a apatia atual, provocada pelo que acontece na Europa", completou o analista. "Não penso que seja o tipo de dados que sustenta a ideia de uma demanda (de petróleo) mais forte".
O mercado de petróleo foi afetado posteriormente pela hipersensibilidade dos investidores, que provocou variações extremas no mercado de ações.
Mas os rumores de que o Banco Central Europeu está pronto para intervir nos mercados de dívida da Itália e da Espanha fizeram os mercados subirem novamente, "e fizeram desaparecer a extrema preocupação que influía no cálculo dos preços", indicou John Kilduff.