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Grupos leigos criticam o custo da visita do papa à Espanha

Agência France-Presse
postado em 09/08/2011 18:07
Madri - O custo da visita à Espanha do Papa Bento XVI na próxima semana vem sendo alvo das críticas de grupos leigos, num momento em que os espanhóis sofrem os efeitos da crise econômica e dos fortes cortes no orçamento do governo.

O papa chega a Madri no dia 18 de agosto para os últimos quatro dos seis dias das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), organizadas pelo Vaticano e para as quais se espera a presença de mais de um milhão de fiéis.

Os organizadores estimam o custo das JMJ em entre 50 e 60 milhões de euros (entre 72-86 milhões de dólares). Isto inclui o cenário gigante de 200 metros de comprimento, decorado com uma árvore dourada para dar sombra, no aeródromo de ;Cuatro Vientos;, na periferia de Madri, onde o papa vai celebrar a missa final da visita, no dia 21 de agosto.

Oitenta por cento do evento, no entanto, serão financiados pelos próprios peregrinos e o restante virá de doações de empresas e dos fiéis, segundo os organizadores.

Mas os críticos alegam que as empresas doadoras se beneficiam de isenções fiscais, uma vez que o governo declarou as JMJ acontecimento "de interesse público excepcional".

Opositores à visita do papa abriram uma página no Facebook pedindo o boicote a cerca de cem empresas que patrocinam o evento, entre elas Coca-Cola, Telefónica e o banco Santander.

O movimento espanhol "15-M" formado pelos chamados "indignados", contra as soluções do governo para a crise econômica, o desemprego alto e a corrupção, também estuda protestos durante a visita.

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