postado em 10/08/2011 07:36
Em busca de uma solução pacífica para encerrar a crise na Síria, representantes do Brasil, da Índia, da África do Sul e da Turquia estão nesta quarta-feira (10/8) em Damasco com autoridades ligadas ao presidente sírio, Bashar Al Assad. A ideia é tentar conter a série de violência no país e obter garantias do governo sobre o fim dos ataques e da consolidação de um acordo.Desde segunda-feira (8/8), o subsecretário para Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paulo Cordeiro, está em Damasco. Mas há cerca de duas semanas o Brasil e os demais integrantes da missão do Ibas (grupo que inclui Brasil, Índia e África do Sul) tentam negociar um acordo com o grupo de Assad.
Para o governo do Brasil, não há hipótese de apoiar medidas que indiquem ingerência ou sanção à Síria. As autoridades brasileiras defendem a articulação de uma alternativa interna que garanta a preservação dos direitos fundamentais ; de expressão e de imprensa ;, o fim das violações aos direitos humanos e as reformas, exigidas pela população.
Porém, para os Estados Unidos o ideal é intensificar as sanções à Síria. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, confirmou que o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, negocia com a comunidade internacional a imposição de mais restrições aos sírio.
;A condenação política tende a ampliar-se;, disse a porta-voz. ;Queremos continuar nosso trabalho com os parceiros, em particular com aqueles que têm interesses econômicos na região, para reforçar as sanções;, acrescentou ela, informando que ;as conversações estão em curso;.
Fred Hoff, do Departamento de Estado, deslocou-se a alguns países europeus e à Turquia para várias reuniões no Oriente Médio. De março até agosto, estima-se que mais de 2 mil pessoas foram mortas durante os embates entre manifestantes e forças policiais. Os dados são de organizações não governamentais.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.