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Nove membros das forças de segurança turcas morrem em emboscada

Agência France-Presse
postado em 17/08/2011 20:03
ANCARA - Oito soldados turcos e um miliciano curdo foram mortos nesta quarta-feira em uma emboscada armada por rebeldes curdos no sudeste da Turquia, enquanto os rebeldes anunciaram que as bases do movimento na fronteira com o Iraque foram bombardeadas. "Estamos agora no limite de nossa paciência", disse Erdogan aos jornalistas em Istambul, indicando que além dos oito soldados, um "guarda de cidade", força paramilitar pró-Ancara, tinha perdido a vida no ataque.

Onze soldados ficaram feridos, acrescentou Erdogan. Um registro anterior fornecido por Erdogan indicava 7 soldados mortos.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou o ataque efetuado no norte do Iraque, onde possui campos de treinamento. "Nossas forças realizaram a emboscada contra o Exército turco na fronteira", disse à AFP Doldar Hammo, porta-voz do PKK.

Foram enviados reforços para a região onde foram registrados os combates, indicaram fontes locais de Hakkari. Houve pelo menos duas explosões em uma estrada provocadas por minas acionadas à distância, na passagem de um comboio militar.

Um porta-voz do PKK disse à AFP que a Turquia bombardeou as bases do PKK no norte do Iraque nesta quarta-feira, depois que um grupo reivindicou a emboscada. "Aviões turcos atacam nossas bases em diferentes setores no Iraque", declarou Dozdar Hammo, que indicou que os bombardeios começaram às 21h30 (15h30 de Brasília). Consultado sobre eventuais novas medidas estudadas por seu governo contra os rebeldes, o primeiro-ministro turco respondeu: "Vocês verão quando acontecer".

O Exército enviou reforços à região dos combates. Pelo menos duas explosões foram registradas em uma estrada, provavelmente provocadas por minas acionadas à distancia, na passagem de um comboio militar.

No dia 16 de junho, 13 soldados morreram em confrontos com o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) na província de Diyarbakir, a mais importante do sudeste de Anatólia, que tem população majoritária de curdos. O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan havia afirmado recentemente que o governo estava examinando medidas militares e policiais mais severas contra os rebeldes.

Considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia, o PKK iniciou uma luta armada em 1984. O conflito já provocou 45.000 mortes.

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