Mundo

Papa Bento 16 defende o celibato em Madri

Agência France-Presse
postado em 20/08/2011 10:58
Madri - O Papa Bento XVI pediu neste sábado (20/8) a centenas de seminaristas que "não se deixem intimidar diante de um ambiente que pretende excluir Deus". Ele voltou a defender o celibato para os sacerdotes, durante uma missa na catedral de Almudena de Madri. "Não se deixem intimidar por um ambiente no qual o poder e o prazer são os principais critérios que regem a existência", afirmou o Papa durante sua homilia diante de 6 mil seminaristas.

O Papa, que chegou à catedral de Almudena depois de realizar a confissão de quatro peregrinos participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), aproveitou sua homilia para voltar a defender o celibato. "Seu coração vai amadurecer no Seminário, estando totalmente à disposição do Mestre. Essa disponibilidade, que é o dom do Espírito Santo, é o que inspira a decisão de viver no celibato pelo Reino dos Céus, o desprendimento dos bens da Terra, a austeridade da vida e a obediência sincera e sem dissimulação", acrescentou.

Depois da cerimônia, na qual anunciou sua intenção de proclamar doutor da Igreja o santo espanhol Juan de Avila, o Pontífice se dirigiu no papa-móvel à residência do cardeal-arcebispo de Madri para um almoço, antes de, à tarde, realizar o ato central do dia, com uma vigília de oração com milhares de jovens no aeródromo de Cuatrovientos, periferia de Madri.

Na véspera, milhares de manifestantes voltaram a protestar no centro de Madri, fortemente vigiados pela polícia, contra a visita do Papa à capital espanhola, pouco depois da Via Crúcis liderada por Bento XVI.

Os manifestantes - pertencentes sobretudo ao movimento dos "indignados", nascido na Espanha em maio - tentavam chegar pelas ruas adjacentes a essa praça, para a qual se dirigia uma procissão para participar da Via Crúcis do Papa.

Na quarta-feira, durante o primeiro protesto contra esta viagem do Papa, 4 mil pessoas participaram, convocadas por associações laicas e de esquerda.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação