Agência France-Presse
postado em 22/08/2011 19:29
Chilmark - O presidente americano, Barack Obama, pediu ao homem forte líbio, Muammar Kadhafi, que desista "explicitamente" do poder e alertou os rebeldes que sua luta "ainda não chegou ao fim".Já contando com a queda do governo de Kadafi, Obama prometeu que Washington será "um amigo e parceiro" do país no futuro e pediu "uma transição inclusiva que conduza a uma Líbia democrática".
"O regime de Kadafi está chegando ao fim. O futuro da Líbia está nas mãos de seu povo", declarou o presidente americano na ilha de Martha;s Vineyard (Massachusetts, nordeste dos EUA), onde passa férias por alguns dias com a família.
Obama destacou que Muammar Kadhafi "ainda tem a possibilidade de impedir um novo banho de sangue, ao renunciar expressamente ao poder (...) e pedindo às forças que continuam a combater que deponham as armas".
"A verdadeira justiça não surgirá da violência ou de represálias, mas sim da reconciliação e de uma Líbia que permita a seus cidadãos determinar o próprio destino".
Obama assinalou que já conversou sobre a questão com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e que a secretária de Estado, Hillary Clinton, mantém contatos de alto nível com autoridades de vários países.
O presidente garantiu que os Estados Unidos darão ajuda para atender às necessidades urgentes e devem liberar cerca de 37 bilhões de dólares em contas congeladas de Kadhafi.
Obama assinalou que a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice, pedirá ao secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, que a Assembleia Geral "apoie esta importante transição".
Os rebeldes entraram em Trípoli na noite de sábado, e as forças leais a Kadhafi controlam apenas uma parte da capital, onde os combates prosseguiam hoje nos nos arredores da residência do líder líbio, no bairro de Bab al-Aziziya.