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Contratos dos líbios com empresas brasileiras serão honrados, diz Patriota

postado em 23/08/2011 16:47
O governo brasileiro obteve garantias do Conselho Nacional de Transição (CNT), controlado pela oposição na Líbia, de que, quando assumir a gestão temporária no país, serão mantidos os contratos com as empresas nacionais que atuam na região. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, os ;rebeldes; disseram que vão ;honrar;os acordos firmados durante o regime do presidente Muammar Khadafi.

;Os contratos serão honrados. Não temos por que duvidar;, disse Patriota, ao lembrar que o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, é o canal de articulação entre o governo brasileiro e os integrantes da oposição na Líbia. ;Temos mantido contato [permanente] com o conselho;, acrescentou.

De acordo com Patriota, os interlocutores da oposição líbia disseram ter ;muito apreço; pelo Brasil. Para o chanceler, a mensagem transmitida pela oposição ao Brasil é ;positiva;. O recado foi enviado ao governo brasileiro após conversas mantidas entre os líderes da oposição e o o embaixador Melantonio Neto.

Dirigentes das empresas brasileiras que mantêm operações com a Líbia aguardam o desfecho da crise política no país e as perpectivas de normalização para redefinir sua atuação na região. As empreiteiras Odebrecht e Queiroz Galvão e a estatal Petrobras informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que acompanham a situação no país para definir ações futuras.

Vários projetos aguardam a definição da situação na Líbia. A Odebrecht, responsável pela construção de um aeroporto internacional na Líbia e do anel viário na capital, Trípoli, suspendeu as atividades em fevereiro, quando eclodiram as manifestações contrárias ao governo Khadafi.

No mesmo período, a Queiroz Galvão, que tem projetos na área de saneamento, suspendeu as atividades e retirou seus funcionários do país. Na ocasião, o Itamaraty acompanhou a retirada dos brasileiros e informou que daria assistência às famílias para evitar dificuldades.

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