Agência France-Presse
postado em 24/08/2011 20:39
NOVA YORK - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn teve "uma falta de juízo passageira" pela qual pagou um "alto preço", disse nesta quarta-feira (24/8) um de seus advogados, Benjamin Brafman, ao admitir a relação sexual com a camareira de um hotel. "Há uma grande diferença entre uma relação sexual e uma agressão", disse Brafman em entrevista à rede de televisão americana NBC."Se você faz apenas algo impróprio, não é levado à justiça", destacou o advogado, insistindo que "um homem não se resume a uma falta de juízo passageira". "Ele pagou um preço muito alto por uma falta de juízo passageira, que absolutamente não foi criminosa".
Os advogados de Strauss-Kahn jamais negaram a relação sexual entre o então diretor-gerente do FMI e a camareira do hotel Sofitel de Nova York, Nafissatou Diallo, no dia 14 de maio.
A mulher alegou ter sido estuprada e Strauss-Kahn foi detido pela polícia de Nova York no avião, quando se preparava para viajar à França. "A cena deste homem saindo nu do banheiro e pulando sobre a camareira, sem cerimônia, é inverossímil", disse Brafman.
Strauss-Kahn desfrutou nesta quarta-feira sua primeira manhã como homem livre, em sua residência no bairro de Tribeca, em Nova York, um dia após o Tribunal Penal de Manhattan arquivar o caso por tentativa de estupro e agressão sexual.