Agência France-Presse
postado em 25/08/2011 09:32
Santiago - Confrontos e saques foram registrados na madrugada desta quinta-feira (25/8) em vários pontos de Santiago, com um balanço de 42 policiais feridos - seis a tiros - e 108 detidos em todo o país durante o dia, enquanto eram instaladas novas barricadas no segundo dia de uma paralisação nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do país.A manifestação foi convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT), sindicato que reúne quase 10% da força de trabalho, que exige uma série de mudanças e abala a imagem do presidente de direita Sebastián Piñera, há 17 meses no poder.
Os organizadores do protesto exigem desde a reforma da Constituição e uma mudança no Código de Trabalho até a redução dos impostos sobre os combustíveis. Os enfrentamentos prosseguiram durante toda a noite em áreas periféricas, onde manifestantes atacaram a polícia com pedras, pedaços de paus e tiros.
O subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, afirmou que das 108 pessoas detidas, 71 delas foram presas em Santiago. "O balanço não é positivo. É um balanço de violência, onde grupos tentaram realmente afetar a ordem pública", destacou o subsecretário.
Nesta quinta-feira, novas barricadas foram instaladas em vários pontos de Santiago e impediram, assim como na véspera, os deslocamentos de vários trabalhadores no horário de rush, mas de acordo com Ubilla os trens e ônibus funcionavam com relativa normalidade.
Na quarta-feira, a mobilização convocada pela CUT paralisou parte do Chile, com um saldo de 348 detidos e 36 feridos em distúrbios em todo o país.