México - Um ataque a um cassino na cidade mexicana de Monterrey (norte) deixou 40 mortos e uma dúzia de feridos na quinta-feira (25/8), informou o procurador do Estado de Nuevo León, Adrián de la Garza.
"Temos cerca de 40 mortos, e este número deve subir", disse Adrián de la Garza diante dos escombros do cassino.
Um mulher que sobreviveu ao ataque e que deu seu testemunho à TV Milenio revelou que um grupo entrou no cassino Royal Sanjerónimo, jogou gasolina e ateou fogo ao local.
O governador de Nuevo León, Rodrigo Medina, confirmou que o cassino, com mais de 1.720 m2, foi incendiado "com líquidos inflamáveis como gasolina". Segundo Medina, as primeiras investigações revelam que o atentado foi realizado por seis homens que chegaram ao cassino em dois automóveis.
O diretor da Defesa Civil de Nuevo León, Jorge Camacho, destacou que a tragédia ocorreu porque ao ouvir as explosões provocadas pelo incêndio as pessoas correram para os banheiros e outros locais do cassino, e não para as saídas de emergência.
O presidente do México, Felipe Calderón, condenou o ataque e manifestou sua "profunda consternação e solidariedade com Nuevo León e com as vítimas deste ato de terror e de barbárie".
Imagens transmitidas pela TV mostraram grandes nuvens de fumaça saindo do cassino pelos buracos que foram abertos pelos bombeiros nas paredes. Os bombeiros levaram mais de quatro horas para apagar o incêndio.
Boletins de jornais locais dizem que vários cassinos de Monterrey, no Estado de Nuevo León, têm sido atacados - o último foi em maio passado - porque seus donos têm se negado a pagar pelas extorsões, que são outra fonte de renda dos traficantes.
O Estado de Nuevo León é um dos cenários mais afetados pelas disputas entre traficantes, que, junto com operações das forças de segurança, deixaram mais de 41.000 mortos desde dezembro de 2006, quando o governo colocou o Exército para combater o tráfico.