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Presidente Obama cobra união para reconstruir áreas atingidas pelo Irene

postado em 30/08/2011 08:00
Enquanto a tempestade tropical Irene deixava os Estados Unidos ontem, os americanos começavam a contabilizar os prejuízos e tentavam se recuperar do cenário de devastação em alguns pontos da costa leste. O Estado de Vermont e a região de New England foram os locais mais atingidos e ainda sofrem com fortes inundações, com o fechamento de estradas e com a falta de energia elétrica. Nos 10 estados afetados pelo furacão, 37 pessoas morreram e centenas ficaram desabrigadas. O tráfego aéreo ainda não voltou ao normal no país, depois que milhares voos foram cancelados no fim de semana. O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que a recuperação das fortes chuvas deve ser demorada, mas cobrou uma rápida resposta. Ontem, o fenômeno se enfraqueceu ao atingir o Canadá.

A forte chuva provocou danos em quase toda a extensão de Vermont. O estado sofreu uma das maiores enchentes de sua história. Ontem, o mau tempo deu trégua, e as autoridades do governo conseguiram chegar às áreas mais atingidas. Mais de 250 estradas foram fechadas, dezenas de fazendas foram destruídas e diversas pontes não resistiram à força da água. Os abrigos ficaram lotados de moradores que perderam suas casas. A parte norte do estado de Nova York também somou prejuízos. Milhares de pessoas sofreram com a falta de eletricidade.

Mais uma vez ontem, Obama afirmou que o impacto do Irene deve ser sentido por mais alguns meses. De acordo com ele, será preciso unir forças para reconstruir a infraestruturas das áreas afetadas. ;Nós vamos garantir que o pessoal tenha o apoio necessário quando eles começarem a reparar os danos deixados pela tempestade. E isso deve continuar nos próximos dias. Vai demorar um tempo para nos recuperamos de um fenômeno dessa magnitude. Os efeitos ainda estão sendo sentidos em grande parte dos EUA, incluindo New England e estados como Vermont, onde há grandes inundações. Então, nossa resposta precisa continuar;, disse o presidente.

Aeroportos
Em Nova York, a tempestade tropical causou transtornos para os moradores, mas os danos se resumiram à queda de árvores nas ruas e a pontos de inundação. ;Aqui a situação foi tranquila. O prefeito foi muito criticado pelo mau serviço prestado depois da última nevasca e, desta vez, acho que realmente exageraram nas precauções para evitar maiores problemas;, conta o publicitário brasileiro Marcelo Nandi, que mora no bairro do Queens. Com a saída do furacão Irene do território americano, o transporte público foi reaberto e os três aeroportos da região voltaram a funcionar. No entanto, a situação do tráfego aéreo pode demorar alguns dias para se normalizar. No fim de semana, milhares de voos foram cancelados, afetando 700 mil passageiros. As companhias aéreas acreditam que até sexta-feira os voos estejam normalizados.

Outros sistemas de transporte foram prejudicados pela tempestade ; em especial os trens, que interligam a costa norte. A brasileira Claudine Santos, 28 anos, não consegue voltar para casa desde sábado por conta do furacão. ;Moro em Nova York, mas tive que ficar na casa dos meus patrões em Ramsey (New Jersey) porque o transporte público não está funcionando. No caso dos trens, grande parte dos trilhos está alagada, e os ônibus não passam porque há árvores caídas nas ruas;, afirma a babá. A baiana acredita que a precaução dos americanos ajudou a evitar maiores tragédias por causa da forte chuva. ;As orientações foram corretas e necessárias. Todos os lugares que foram esvaziados alagaram. Eles são muito organizados.;

;Foi um castigo de Deus;
A candidata das primárias republicanas Michele Bachmann causou polêmica ao afirmar que o terremoto e o furacão Irene que atingiram os Estados foram um castigo de Deus contra os políticos de Washington. Durante reunião na Flórida, ela declarou, em tom de brincadeira: ;Não sei o que Deus precisa fazer para chamar a atenção dos políticos. Tivemos um terremoto, tivemos um furacão. Ele disse: ;Vão começar a me ouvir?;;. A deputada de Minnesota, que também frequenta Washington, é a aposta do movimento Tea Party, por suas ideias cristãs da ultradireita.

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