Agência France-Presse
postado em 30/08/2011 10:04
Nicosia - As forças de segurança sírias mataram sete pessoas ao dispersar uma manifestação no primeiro dia após o fim do jejum muçulmano do Ramadã, informaram ativistas da oposição, ao mesmo tempo que a União Europeia (UE) condenou a "repressão brutal" neste país."Mataram sete pessoas no primeiro dia do Eid al-Fitr na Síria, quatro delas em Al-Harra e duas em Injil, na província de Deraa (sul), e outra em Homs (centro)", afirma um comunicado dos Comitês de Coordenação Locais, que estimulam os protestos no país.
O também opositor Observatório Sirio de Direitos Humanos (OSDH) anunciou que três pessoas morreram e nove foram feridas quando as forças de segurança abriram fogo para dispersar uma grande manifestação em Al-Harra.
[SAIBAMAIS]As intervenções do Exército e das forças de segurança contradizem as declarações do presidente Bashar al-Assad, que em 17 de agosto afirmou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que as operações militares contra os opositores haviam cessado.
A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, expressou "profunda preocupação" com a situação geral na Síria e condenou a "brutal repressão".
Ashton "reitera sua condenação sem ambiguidades à brutal repressão", afirma em um comunicado. A diplomata citou em particular a agressão da semana passada ao chargista Ali Ferzat como um exemplo da "violação generalizada dos direitos humanos" na Síria.
"Muitos outros militantes, espíritos livres e defensores dos direitos humanos foram submetidos a atos similares de barbárie", destacou.
Diante de manifestações sem precedentes contra o regime desde 15 de março Assad recebeu na segunda-feira um emissário russo. Moscou discorda das potências ocidentais a respeito das sanções contra Damasco.