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Rebeldes negociam rendição de Sirte; paradeiro de Kadafi é desconhecido

Agência France-Presse
postado em 01/09/2011 10:22

Moradores de Trípoli passeiam por escombros de Bab al-Aziziyah: CNT afirma que proseguem com esforços para negociar e entrar pacificamente em Sirte

Nofilia - Intensas negociações eram realizadas nesta quinta-feira (1;/9) para uma rendição pacífica da cidade de Sirte, bastião do ex-líder líbio Muamar Kadafi, cujo paradeiro segue desconhecido.

Khalal al-Deghili, "ministro" da Defesa do Conselho Nacional de Transição (CNT), afirmou que "por enquanto não haverá ataque contra a cidade de Sirte. Prosseguimos com nossos esforços para negociar e entrar pacificamente na cidade". Al-Deghili, que viajou nesta quinta-feira de manhã para a frente perto de Nofilia, que fica 100 km ao leste de Sirte, informou que as negociações são realizadas com os líderes tribais. "Buscamos uma solução pacífica para todos os líbios", afirmou.

Quanto ao paradeiro de Kadafi, Al-Deghili disse que não acreditar que ele esteja em Sirte. "É daqui que vem sua tribo, mas não acreditamos que se esconda entre os seus", declarou. Por sua vez, o vice-presidente do CNT, Abdel Hafiz Ghoga, declarou nesta quinta-feira à AFP que Muamar Kadafi pode estar em Bani Walid, 70 km ao sudoeste de Trípoli. "Temos informações segundo as quais Muamar Kadafi estaria em Bani Walid há dois dias, mas estas informações não foram totalmente confirmadas", declarou Ghoga, que informou sobre a presença de combatentes rebeldes e de confrontos nesta cidade.

A localidade é considerada um dos redutods do ex-líder líbio e feudo da tribo dos Warfalla, uma das mais poderosas do país e que conta com cerca de um milhão de pessoas. A Otan acentuou os ataques contra Bani Walid e Sirte, cidade onde "os líderes tribais estão de acordo conosco (os rebeldes) de que não se deve levar a guerra à cidade", declarou, por sua vez, o comandante rebelde Yunes el Abderi. O chefe rebelde, que se declarou "muito otimista" ainda quando "algumas unidades (do exército de Kadafi) não querem se render", informou que as negociações duram quatro dias e que os chefes tribais cruzam todas as vezes a linha de frente para se reunir com os rebeldes.

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